Em entrevista ao programa Redação no Ar desta quinta-feira (17), o patrono da 17ª Feira do Livro de Lajeado, Álvaro Santi, compartilhou sua paixão pela escrita e falou sobre o seu papel durante o evento que segue até o dia 20 de agosto. “É um reconhecimento de um trabalho que começou já no século passado”, comenta.
Álvaro Santi lançará seu sétimo livro intitulado “Os tons de tudo”, publicado pela editora Bestiário, no próximo sábado, marcado por um sarau que terá início às 17h. O escritor fala sobre o desafio da profissão que exige resiliência. “O escritor profissional é o amador que nunca desistiu”, ressalta. Santi trabalhou na secretaria de Cultura de Porto Alegre e com sua aposentadoria e, agora, vem dedicando o seu tempo à música e à escrita.
A jornada literária de Álvaro Santi teve início em 1992, quando lançou seu primeiro livro intitulado “Viagens de uma caneta por meus estados de espírito”. A obra rendeu um prêmio de reconhecimento estadual.
Santi também foi o compositor do hino da cidade de Lajeado, um feito que se deu por meio de um concurso. Inspirado na história local, o compositor conta que buscou criar algo fácil de cantar, mas que carregasse significado. A voz da atriz e cantora Alessandra Verney.
O gosto pela composição e literatura corre na família Santi. A letra do hino do jubileu de diamante dos 75 anos do município de Lajeado foi composta por Nelson Santi, pai de Álvaro. Nelson Santi também foi locutor na Rádio Independente.
Álvaro Santi
O escritor Álvaro Santi, graduado em música e mestre em Letras pela UFRGS, é especialista em gestão e política cultural pela Universidade de Girona (Espanha)-Itaú Cultural. Como autor, lançou em 2019 “Nenhum Amor Igual ao Meu”, seu sexto livro de poesia.
Anteriormente, publicou “Luta+vã” (Ed. Libretos, 2012), premiado como livro do ano pela associação gaúcha de escritores (AGES), “A aposta dos deuses” (Independente, 2007), “Dança das Palavras” (IEL, 1998), “O primeiro anel” (SMC, 1996) e “Viagens de uma caneta por meus estados de espírito” (UFRGS, 1992), premiado com o Troféu Armindo Trevisan/Prêmio UFRGS de literatura; além de participação em várias antologias.
Publicou ainda “Do Partenon à Califórnia: o Nativismo gaúcho e suas origens” (UFRGS, 2004), ensaio sobre a poesia dos festivais nativistas, além de diversos artigos sobre literatura e políticas culturais, apresentados em eventos nacionais e internacionais.